Na tradução livre inglês-português, markup significa remarcação para cima. Nos negócios, ele nada mais é do que um valor adicionado ao custo de cada produto — ou seja: um produto, a partir do seu custo, chega no seu preço de venda por meio do markup.
O markup e a margem de lucro representam métricas utilizadas na gestão financeira e no comércio, mas a diferença entre esses dois conceitos está justamente na maneira como cada um deles é calculado. Conceitualmente, o markup é calculado a partir do seu preço de custo, enquanto a margem de lucro, por outro lado, é calculada a partir do seu preço de venda.
O markup serve para determinar o preço de venda de um produto ou serviço. Ele cobre todos os custos envolvidos na produção e comercialização, além de proporcionar uma margem de lucro desejável para o negócio.
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Entenda o que é Markup
O markup é uma ferramenta de precificação usada para determinar o preço de venda de um produto ou serviço, adicionando uma margem sobre o custo de produção ou aquisição. Essa margem cobre não apenas os custos diretos e indiretos associados à produção, mas também busca garantir uma margem de lucro para a empresa.
Esse índice faz as organizações terem certeza de que os preços são suficientes para cobrir todos os custos e gerar lucro e ainda simplifica o processo de definição de preços — fator indispensável em empresas com uma grande variedade de produtos.
O conceito de markup como ferramenta de precificação formalizou-se com o desenvolvimento das práticas de gestão e contabilidade no início do século XX. Com a evolução do comércio e da indústria, tornou-se necessário adotar métodos padronizados para a formação de preços.
O markup, então, surgiu como uma dessas práticas, fazendo com que as empresas pudessem determinar preços de venda de forma sistemática e providenciar a cobertura de custos e obtenção de lucros.
Com a Revolução Industrial e o aumento da produção em massa, as empresas precisaram de métodos funcionais para definir preços de venda que cobrissem custos crescentes.
À medida que o comércio global se expandiu, o markup transformou-se em uma prática comum para garantir preços lucrativos. Hoje, ele é aplicado em diversos setores, providenciando uma base sólida para a precificação de produtos e serviços.
Descubra a importância do Markup
A importância do markup vem de diferentes fatores que, unidos, fazem desse índice o que ele é: útil, versátil e preciso.
Segurança
É justamente através do markup que os preços praticados passam a cobrir todos os custos envolvidos na produção e comercialização. Ele não só ajuda a determinar o preço de venda adequado de um produto ou serviço, mas também contribui para a saúde financeira da empresa — e é aí que entra a margem de lucro mencionada anteriormente.
Sem o markup, as empresas podem correr o risco de subestimar os custos e comprometer sua sustentabilidade no longo prazo.
Transparência na realização
Por meio do markup, uma empresa ou organização passa a definir preços de maneira clara e consistente, promovendo transparência aos gestores e clientes. Esta clareza na precificação ajuda a construir confiança com os consumidores, que podem entender melhor como os preços são definidos.
Essa transparência ainda facilita a comunicação interna entre os colaboradores, fazendo com que todos na empresa possam compreender a lógica por trás da formação de preços e trabalhem sempre de acordo com essa estratégia.
Facilidade e acessibilidade
Usando uma metodologia de markup bem definida, a empresa pode ajustar seus preços em segurança — o que traz, por sua vez, competitividade e agilidade às decisões de precificação.
O cálculo do markup simplifica o processo de definição de preços, tornando-o acessível mesmo para empresas com uma grande variedade de produtos. Em ambientes dinâmicos, onde os preços precisam ser ajustados para responder às mudanças do mercado, os resultados trazidos por esse índice fazem toda a diferença.
Conheça os principais tipos de Markup
Que em economia, o termo “markup” refere-se à diferença entre o custo de produção de um bem ou serviço e seu preço de venda, você já sabe. É por isso que compreender e aplicar o tipo correto de markup pode ajudar sua empresa a atingir metas financeiras e se posicionar de forma estratégica no mercado. Afinal, quais são os principais tipos de markup?
- Markup absoluto: o valor absoluto adicionado ao custo de um produto para determinar seu preço de venda;
- Markup percentual: expresso como uma porcentagem do custo do produto;
- Markup sobre o custo: calculado como uma porcentagem do custo do produto;
- Markup sobre o preço de venda: calculado como uma porcentagem do preço de venda e usado para obter a margem de lucro em relação ao preço final;
- Markup bruto: compreende todos os custos variáveis associados à produção do bem ou serviço, além do custo básico do produto;
- Markup de contribuição: leva em consideração o lucro necessário para cobrir os custos fixos e gerar lucro adicional;
- Markup multiplicador: usado para calcular o preço de venda multiplicando o custo por um fator pré-determinado.
Exemplos de uso:
- Varejo: Um comerciante pode usar o markup sobre o custo para definir preços de produtos em uma loja.
- Manufatura: Um fabricante pode usar o markup absoluto para adicionar um valor fixo ao custo de produção.
- Serviços: Uma empresa de serviços pode usar o markup sobre o preço de venda para gerar uma margem de lucro própria.
Como calcular o Markup?
O cálculo do markup não exige o uso de fórmulas mirabolantes e conhecimentos avançadíssimos em matemática. Ele envolve a adição de uma margem de lucro ao custo do produto — somente!
Fórmulas para o cálculo
A fórmula básica do markup é:
Markup (M) = 100/[100-(DV+DF+ML)]
- DV = são as despesas variáveis, representadas como uma porcentagem das vendas;
- DF = são as despesas fixas, representadas como uma porcentagem das vendas;
- ML = é a margem de lucro, representada como uma porcentagem.
Componentes da fórmula:
- Despesas variáveis (DV): Essas são as despesas que variam de acordo com o volume de vendas. Comissões, fretes e impostos sobre vendas são alguns dos custos inclusos aqui.
- Despesas fixas (DF): Essas são as despesas que não variam com o volume de vendas. Custos administrativos, aluguel e salários fixos são exemplos de despesas fixas.
- Margem de lucro (ML): Essa é a porcentagem da margem de lucro que a empresa deseja obter sobre o custo.
Exemplos na prática
Suponha que:
- Despesas variáveis (DV) sejam 20% das vendas;
- Despesas fixas (DF) sejam 15% das vendas;
- Margem de lucro (ML) desejada seja 25%.
Aplicando esses valores na fórmula, temos:
(M) = 100/[100-(20+15+25)];
M = 100/(100−60);
M = 100/40;
M = 2.5.
Isso significa que o markup é 2.5 — ou seja: o preço de venda deve ser 2.5 vezes o custo para cobrir todas as despesas e atingir a margem de lucro desejada.
Para encontrar o preço de venda, multiplica-se o custo pelo markup:
Preço de venda = Custo × M
Preço de venda = 100 × 2.5
Total = 250
Se o custo do produto for R$100, o preço de venda ideal será R$250. Este valor de venda cobrirá todas as despesas variáveis e fixas e ainda proporcionará a margem de lucro desejada.
Diferenças entre Markup e Margem de Contribuição
Enquanto o Markup é a porcentagem adicionada ao custo de um produto para determinar o preço de venda, a margem de contribuição é a diferença entre o preço de venda de um produto e suas despesas variáveis.
O objetivo da margem de contribuição é determinar quanto de receita está disponível para cobrir as despesas fixas e gerar lucro, e o objetivo do markup, por outro lado, é garantir que todas as despesas (variáveis e fixas) e a margem de lucro sejam cobertas.
O markup é usado principalmente para definir o preço de venda de produtos ou serviços, e é a ferramenta ideal para empresas que desejam certificar-se de que seus preços cubram todos os custos e proporcionem lucro.
R$150 (100+(100×0.50)) — se o custo de um produto é R$100 e o markup desejado é 50%, o preço de venda seria R$150.
Margem de contribuição = Preço de venda − Despesas variáveis
A margem de contribuição, utilizada na análise de lucratividade e na tomada de decisões sobre preços, mix de produtos e volumes de produção, ajuda a entender o impacto das vendas nas finanças da empresa e a determinar o ponto de equilíbrio. Se o preço de venda de um produto é R$150 e as despesas variáveis são R$60, a margem de contribuição seria R$90 (150−60).
Markup vs CMV
O CMV foca no custo real dos produtos vendidos durante um período específico, compreendendo todos os custos diretos relacionados à produção dos bens vendidos, como materiais, mão de obra direta e outros custos diretos de produção.
Cálculo: CMV = Estoque inicial + Compras − Estoque final
Utilizado para determinar o lucro bruto na contabilidade, o CMV ainda revela o custo direto das mercadorias vendidas, tornando-se imprescindível para a análise financeira e de desempenho da empresa.
Enquanto o markup é utilizado para determinar o preço de venda baseado no custo, garantindo lucro e cobertura de despesas, o CMV é utilizado para calcular o custo total das mercadorias vendidas, fundamental para a análise de lucratividade e gestão financeira.
Markup:
Custo do produto: R$100
Markup: 50%
Preço de venda: R$150
CMV:
Estoque inicial: R$10.000
Compras durante o período: R$20.000
Estoque final: R$8.000
CMV: 10.000 + 20.000 – 8.000 = 22.000
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